segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Avaliação física para Alzheimer

Introdução

    Conforme Mandi (2001), a doença de Alzheimer é um tipo de demência mais freqüente e causa uma desintegração progressiva global, homogênea e irreversível das funções mentais num período que varia de dois a vinte anos.

    De acordo com Azevedo (2005) ocorre uma disfunção das células nervosas; essa disfunção não tem causa conhecida ainda, porém, sabe-se que provoca a diminuição de um hormônio neurotransmissor que é de grande importância na função cerebral: a acetil-colina.

    Existem várias teorias que podem explicar a causa da doença, porém nenhuma delas está comprovada realmente. Dentre elas destacam-se:

Idade: quanto mais avançada a idade, maior a probabilidade de desenvolver a doença.

Idade Materna: refere-se a mães que dão à luz com idade superior a quarenta anos.

Herança Genética: não necessariamente hereditária, porém, geneticamente determinada.

Traumatismo Craniano: idosos que sofreram traumas mais sérios podem desenvolver a doença.

Escolaridade: o nível de escolaridade pode influenciar na tendência a ter Alzheimer. Acredita-se que quanto mais “estudado” for o indivíduo, menor são as chances de desenvolver a doença.

Teoria Tóxica: apesar de haver controvérsias, existe a possibilidade de se desenvolver a doença principalmente através da contaminação pelo alumínio.

    Existem inúmeras pesquisas (CAYTON; WARNER; GRAHAM, 2000), sugerem a relação entre o alumínio e a doença de Alzheimer, pois há presença de depósitos de alumínio em emaranhados e placas no cérebro do portador da doença, além do aumento nos índices de demência nos pacientes com insuficiência renal que apresentavam elevados níveis de alumínio. No entanto, a controvérsia existe porque, um estudo feito no cérebro de portadores da doença de Alzheimer que já haviam falecido, não encontrou níveis de alumínio mais elevados do que em indivíduos normais.

    Ainda de acordo com Fortura (2005) há outras causas além das citadas anteriormente como: sexo, raça, encefalite, meningite, doença cardíaca e renal, alcoolismo, má nutrição e o meio ambiente onde vive o indivíduo.

    No que se refere à causa através da herança genética (CAYTON; WARNER; GRAHAM, 2000) explicam que em casos raros, genes anormais causam a doença, pois, os genes associados ao desenvolvimento da patologia podem exercer um efeito deletério sobre os neurotransmissores que permitem a comunicação entre as células nervosas. Uma outra forma seria que, os genes podem exercer seu efeito através de sua influência sobre o fator de crescimento neural, interferindo na forma pela qual este fator, normalmente ressalta o crescimento do funcionamento das células nervosas, a fim de compensar a morte das outras células. Explica ainda que, pessoas com Síndrome de Down geralmente têm a duplicação do cromossomo 21, há nesse cromossomo um gene que codifica a proteína precussora amilóide. A disposição anormal dessa proteína no cérebro ocorre na doença de Alzheimer. Então, esse gene extra resulta num excesso de amilóide e conseqüentemente, a maioria das pessoas acima dos quarenta anos e portadores de Síndrome de Down desenvolvem as mesmas características da doença de Alzheimer no tecido cerebral.

    Geralmente, a doença se manifesta em indivíduos com idade igual ou superior a sessenta anos, causando lapsos de memória. Porém deve-se ressaltar que somente os lapsos de memória não significam que a pessoa tenha Alzheimer, pois para ser Alzheimer além dos lapsos de memória, deve também haver o comprometimento de outras funções (BERTOLUCCI, 2005).

    Conforme Cayton; Warner; Graham (2000), o diagnóstico é importante, pois pode constatar que os sintomas podem ter causas diferentes, permite que os familiares se planejem em relação ao futuro e principalmente, porque encaminha o paciente com Alzheimer ou qualquer outra patologia a tratamentos adequados.

    O diagnóstico de certeza da doença de Alzheimer, segundo Paixão et al (2006), só pode ser feito através da demonstração de alterações patológicas compatíveis em material de biópsia ou necropsia, porém estes exames não são de rotina e implicam em riscos. O que pode ser feito são exames clínicos.

    Bertolucci (2005) relata que nestes exames clínicos ou como também são chamados diagnósticos clínicos são realizados vários testes para poder excluir os diversos tipos de patologias que tem a demência associada a elas, para então poder concluir que realmente é doença de Alzheimer.

    As patologias, ou algumas das patologias que podem ser estar associadas à demência são: doença da tireóide, hipovitaminose, hidrocefalia, depressão, desidratação, tumores cerebrais, efeitos colaterais de medicamentos. Segundo Almeida (2006), existem vários testes ou escalas para avaliação cognitiva que podem ser usados no diagnóstico da doença, dentre eles estão: Escala de Blessed para Demência, Escala para Avaliação da doença de Alzheimer e o Mini-exame do Estado Mental (MMSE). Todas essas escalas são usadas como instrumento com o objetivo específico de avaliar as condições intelectuais do paciente com demência. Dentre estas escalas, destaca-se o MMSE, pois é de fácil aplicação, não é cansativo e por isso o mais usado.

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