segunda-feira, 3 de novembro de 2014

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    Em relação ao quadro, Almeida (2006), explica que o MMSE é composto por diversas questões agrupadas em sete categorias, cada uma planejada com a finalidade de avaliar funções cognitivas específicas e com as seguintes pontuações:

Orientação para tempo – 5 pontos;

Orientação para local – 5 pontos;

Registro de três palavras – 3 pontos;

Atenção e cálculo – 5 pontos;

Lembrança das três palavras – 3 pontos;

Linguagem – 8 pontos e

Capacidade construtiva visual – 1 ponto.

    O escore do exame pode variar de zero até um total máximo de 30 pontos. Por ser simples, pode ser administrado em 5-10 minutos. Também se observa que o exame tem boa confiabilidade teste-reteste e que o ponto de corte 23/24 tem de boa a excelente sensibilidade (de 54% a 100%) e especificidade (de 62% a 100%) para o diagnóstico de demência. Para pacientes com Alzheimer, espera-se que ocorra uma perda de 2 a 3,5 pontos por ano.

    Bertolucci (2005) explica que o único problema é diagnosticá-la na fase inicial, porque geralmente a queixa existente nesta fase é a falta de memória, e como já foi dito pode estar associada a outras patologias, então é necessário que além do exame neurológico, seja feito um bom exame de memória, orientação, linguagem e funções normais. Já nos estágios mais avançado, somente um histórico e um exame de memória bem feitos são suficiente. Ainda não se consegue diagnosticar a doença através de exames genéticos.

    Segundo Paixão et al (2006), atualmente existem métodos modernos que facilitam o diagnóstico como a tomografia transistoriza comum ou com emissão de positron, ressonância nuclear magnética. Desde que os critérios utilizados para se fazer o diagnóstico sejam rigorosos, o acerto pode ser superior a 80% .

Sistema nervoso

    Conforme Oliveira e Furtado (1999) o envelhecimento promove uma série de mudanças anatômicas e químicas no encéfalo e medula. Ocorre uma diminuição no volume do cérebro (cerca de 2% a cada dez anos depois dos cinqüenta anos de idade e que o peso do cérebro cai cerca de 15% do seu volume máximo alcançado aos oitenta anos de idade). Assim conclui-se que nos primeiros 50 anos de vida perde-se mais substância cinzenta que branca e na segunda metade de vida, esta relação se inverte.

    Explica ainda que, durante o processo de envelhecimento ocorrem diversas alterações e as mais importantes são:

Diminuição das células;

Alterações dendríticas;

Placas senis;

Degeneração neurofibrilar;

Degeneração granulo-vacuolar e

Acúmulo de lipofucsina.

    Estas lesões ocorrem predominantemente no córtex pré-frontal e parieto temporal; núcleo ceruleus; substância negra e núcleo de Meynert. Ocorre também uma redução progressiva do consumo de oxigênio e de glicose, diminuindo as funções cognitivas decorrentes dos diversos circuitos cerebrais, semelhante ao processo que acontece na doença de Alzheimer. Os neurônios do encéfalo não são uniformemente sensíveis à morte neuronal durante o envelhecimento, na verdade, não ocorre uma perda neuronal e sim uma diminuição do tamanho dos neurônios. Porém, na substância negra e no lócus ceruleus, observa-se que ocorre sim uma perda neuronal, principalmente nos primeiros cinqüenta anos de vida.

    De acordo com Paixão et al (2006), nos pacientes da doença de Alzheimer, ocorrem alterações nos córtices associativos frontal, temporo-parietal, occiptal e no hipocampo. Um exame mais detalhado mostrará as placas senis, degeneração neurofibrilar e angiopatia amilóide ao lado do desaparecimento dos grandes neurônios piramidais. As placas senis possuem um núcleo de material amorfo, rodeado por neurônios em degeneração e por astrócitos, as células responsáveis pela “cicatrização” do tecido cerebral. De acordo com a idade, estas placas vão aumentando, mas o que diferencia uma pessoa normal de uma com Alzheimer, é que no paciente que tem Alzheimer, os números destas placas são ainda maiores.

    Relata Bertolucci (2005), que há um encolhimento total do tecido cerebral, por isso, os sulcos cerebrais são mais alargados, há também em encolhimento do gyri e as dobras se tornam bastante acentuadas. Além do mais, os ventrículos onde está contido o líquido cerebroespinhal está ampliado.

    A doença se espalha através do córtex cerebral que é a camada exterior do cérebro, o que explica os sintomas apresentados portadores da doença.

Sintomas

    Segundo Bertolucci (2005), além da perda de memória, os outros sintomas que acompanham a evolução da doença são: dificuldades de raciocínio, na linguagem, na orientação temporal, dificuldade de realizar tarefas simples, alteração no apetite e no sono, desorientação espacial, até mesmo dentro da própria casa.

    De acordo com Cayton; Warner; Graham (2005), a doença evolui rapidamente em algumas pessoas do que em outras, por isso, pode ser que alguns pacientes não apresentem todos os sintomas.

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